O falecimento de Zagallo completa um ano neste domingo. Em 5 de janeiro de 2024, o Velho Lobo morreu aos 92 anos e deixou um legado eterno. O alagoano saiu de Atalaia, município a 48 quilômetros de Maceió, para se tornar o único tetracampeão mundial da história. De seus quatro títulos, dois vieram como jogador nas Copas do Mundo de 1958 e 1962, um como técnico na Copa de 1970 e outro como coordenador técnico no Mundial de 1994.
Entre os grandes símbolos da Seleção Brasileira, ele foi velado na sede da CBF, no Rio de Janeiro, cidade pilar em sua vida. Ao todo, vestiu a Amarelinha 36 vezes e marcou seis gols.
"O Zagallo está na galeria dos grandes ídolos do futebol brasileiro. A data marcante nos faz lembrar de todas as façanhas do nosso craque. Hoje e sempre a CBF reverenciará o nosso eterno campeão", afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Depois de pendurar as chuteiras, Zagallo usou seu conhecimento tático na função de técnico, que desempenhou com a mesma maestria. Treinou o Botafogo já em 1966 e levantou as taças do Campeonato Carioca de 1967 e 1968 e o Campeonato Brasileiro de 1968. Bem-sucedido na Estrela Solitária, o Velho Lobo assumiu o Brasil em 1969 para a Copa de 1970.
No México, a Amarelinha fez mais do que ser campeã: encantou o mundo com um futebol-arte e uma equipe repleta de estrelas, como Pelé, Tostão, Gerson, Rivellino, Jairzinho, Piazza, Clodoaldo, Carlos Alberto Torres, Brito, Everaldo e Félix. Este foi o terceiro título mundial de Zagallo, que se tornou o primeiro campeão enquanto jogador e treinador. Também liderou o time na Copa de 1974.
Depois do Tri em 1970, Zagallo passou por diversos times (Fluminense, Flamengo, Botafogo, Vasco, Bangu-RJ e Al-Hilal-SAU) e seleções (Kuwait, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos). Em 1991, convidado por Carlos Alberto Parreira, retornou à Amarelinha para a conquista do Mundial de 1994, nos Estados Unidos, exercendo o cargo de coordenador técnico.
Continuou na Seleção para atuar como técnico do ciclo da Copa de 1998, na França, sendo campeão das Copas América e das Confederações em 1997. Levou a equipe até a decisão do Mundial e ficou perto do título. Retornou ao Brasil como auxiliar técnico, novamente ao lado de Parreira, para a Copa de 2006, na Alemanha. Embora não tenha vencido o Mundial, ganhou a Copa América de 2004 e a Copa das Confederações de 2005.
Após mais de 50 dedicados ao futebol e uma infinidade de títulos, Zagallo se aposentou em 2006.