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Foz participa da celebração de 10 anos do Método Wolbachia em Curitiba

A cidade é uma das duas no Paraná escolhidas para instalar a biofábrica do Aedes Aegypti com a bactéria Wolbachia

Por: Admin
01/11/2024 às 09h44 Atualizada em 01/11/2024 às 14h38
Foz participa da celebração de 10 anos do Método Wolbachia em Curitiba
AMN

Foz do Iguaçu se juntou às celebrações do décimo aniversário do Método Wolbachia no Brasil, uma iniciativa global para proteger contra doenças transmitidas por mosquitos. O evento ocorreu em Curitiba na última semana (29 e 30), contando com a participação de representantes dos municípios paranaenses beneficiados pelo projeto, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O secretário Municipal de Saúde, Ulisses Figueiredo, e a Supervisora Técnica do CCZ, Renata Defante Lopes, representaram a cidade que abriga uma das biofábricas da Wolbachia e começou a liberação dos mosquitos (wolbitos) no dia 26 de agosto. Durante o evento, Defante explanou sobre o trabalho desenvolvido no município e na biofábrica  local, além das expectativas da equipe com o método.

Segundo a técnica, a iniciativa teve forte engajamento da comunidade, foi apresentada a toda a rede de ensino. “As expectativas de resultados são a médio e longo prazo”, explicou. “Temos excelentes perspectivas de redução da incidência de casos e, consequentemente, de otimização das ações de controle vetorial a partir de novas estratégias”.

O secretário Ulisses Figueiredo anunciou a intenção de expandir o programa até 2025 para que a Wolbachia atinja 100% do município de Foz do Iguaçu. “Também planejamos implantar o método na região de fronteira, nos municípios lindeiros, e disponibilizar a atual estrutura de Foz para atender o extremo oeste do Paraná, com o apoio financeiro de parceiros”. Em Foz, o projeto conta com o apoio da Itaipu Binacional. 

A biofábrica de Foz possui cerca de 166 metros quadrados e está localizada no bairro Vila Boa Esperança. A soltura dos mosquitos, iniciada em agosto, tem previsão de duração de cinco meses. Mais de 26.156.800 wolbitos foram distribuídos em várias regiões da cidade.

MÉTODO WOLBACHIA

A Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em cerca de 50% dos insetos da natureza, mas ausente no Aedes aegypti. Quando presente nestes mosquitos, impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam, contribuindo para a redução dessas doenças.

Os mosquitos com Wolbachia, quando liberados no ambiente, se reproduzem com os mosquitos locais, ajudando a criar uma nova geração. Com o tempo, a porcentagem de insetos que carregam a Wolbachia aumenta. “É uma iniciativa que veio para somar, mas não se deve desprezar os cuidados tradicionais e contínuos”, afirmou o secretário. “A população precisa continuar inspecionando seus quintais, evitando água parada e entulhos, e ficar atenta aos ambientes da casa que podem ser focos do mosquito”.

O World Mosquito Program é uma iniciativa internacional sem fins lucrativos que trabalha para proteger a comunidade global de doenças transmitidas por mosquitos. No Brasil, a Wolbachia é conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz, com financiamento do Ministério da Saúde, em parceria com governos locais. Teve início na Austrália, onde houve redução de 96% nos casos de dengue. Atualmente, está presente em mais de 20 cidades de 14 países.

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